imagem banner
Cadeia de Processos SGIFR

Cadeia de Processos

O Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) reconhece a existência de uma cadeia de valor do fogo rural que é mais ampla do que a dicotomia clássica prevenção/supressão, iniciando um ciclo no planeamento e culminando no pós-evento, informando os ciclos seguintes.

Esta cadeia de valor, que integra os eixos da gestão de fogo rural e da proteção de pessoas e bens, é constituída por grandes processos e procedimentos. Estes grandes processos, bem como os procedimentos que os integram, têm como pressupostos a existência de uma governança sólida, de apta qualificação e sistemas de informação e comunicação.

Estes três grandes pressupostos entendem-se capacitadores da cadeia, pelo que o SGIFR, na sua sequência de processos, se divide por seis (6) fases assentes em três (3) capacitadores. Às seis (6) fases correspondem, no total, 21 grandes processos, clarificando a atribuição de responsabilidades e ação no Sistema.

​​​​​​​​​​​

As seis fases do sistema são:

1. Planeamento

  • Orientações estratégicas e planeamento integrado: Princípios orientadores nacionais, que declinam para instrumentos de escala regional e local;
  • Diretrizes Operacionais: Operacionalização da estratégia nacional com as respetivas declinações a diferentes escalas;
  • Orçamentação e financiamento: Orçamento anual do sistema com atribuição de verbas por entidade e atividade a partir das diferentes fontes de financiamento.

2. Preparação

  • Comunicação integrada e Educação: Educação para expansão do conhecimento. Sensibilização para modificação de comportamentos e adoção de medidas de autoproteção;
  • Fiscalização: Fiscalização do cumprimento das medidas de prevenção e sinalização central das situações de incumprimento.

3. Prevenção

  • Gestão do território rural: Ações que tornam o território preparado para o fogo, como gestão de combustível, redes de defesa, novas paisagens e práticas de valorização;
  • Preparação do território edificado: Criação e manutenção de boas práticas de defesa do edificado e aglomerados populacionais;
  • Verificação de condições de segurança: Verificação no terreno do estado de conservação e funcionamento de estruturas e equipamentos de proteção e supressão.

4. Pré-supressão

  • Análise de risco, aviso e alerta: Análise dos parâmetros que determinam alteração da capacidade de resposta e notificação às populações, e que suportam a decisão operacional;
  • Vigilância: Mobilização de meios de vigilância e forças de segurança dissuasoras em áreas críticas;
  • Pré-posicionamento: Mobilização preventiva de meios de supressão e de socorro em áreas críticas.

5. Supressão e Socorro

  • Ataque inicial: Despacho de meios de reação rápida para supressão e socorro;
  • Ataque ampliado: Reforço de meios de supressão e socorro para incêndios que ultrapassam a capacidade inicial de resposta;
  • Rescaldo e extinção: Eliminação de pontos quentes para evitar reativações e reacendimentos. Declaração de extinção perante reduzida probabilidade de reacendimento;
  • Restabelecimento de segurança: Avaliação da segurança para retorno de populações deslocadas, reabertura de vias e reposição de outros serviços;
  • Resposta em emergência social e ambiental: Suporte a operacionais e populações afetadas, e intervenção ambiental de emergência.

6. Pós-evento

  • Investigação de causas: Apuramento da causa do incêndio;
  • Recuperação: Avaliação de danos e ações para recuperar e reabilitar o território. Reposição de redes e serviços;
  • Melhoria contínua: Identificação de debilidades e introdução de medidas corretivas no sistema.
     

Os três capacitadores são: