
Hoje em dia, os incêndios rurais são um dos maiores problemas ambientais, colocando em perigo os espaços naturais, pessoas e seus bens. No entanto, é parte integrante do nosso dia a dia, sendo por isso imprescindível para o bem-estar de todos.
Em Portugal, os incêndios são recorrentes, como é natural no mediterrâneo com invernos chuvosos e verões secos. Anos muito secos, com ondas de calor e muito vento podem levar a eventos catastróficos como nos anos de 2003, 2005 e 2017. Torna-se, assim, imprescindível prevenir.
“Fogo Frio” é uma exposição-jogo para crianças, jovens e adultos, sobre PREVENÇÃO. Resultado de um projeto selecionado no Orçamento Participativo de Portugal em 2017, esta exposição pretende demonstrar que queimar a vegetação durante o inverno pode ser benéfico para diminuir a intensidade dos incêndios rurais, protegendo as nossas florestas e casas no verão.
Queimas, queimadas e renovação de pastagens são práticas tradicionais, bem conhecidas dos agricultores, que podem ser amigas do ambiente, mas que envolvem riscos consideráveis se forem malconduzidas.
Às práticas tradicionais alia-se assim a ciência com especialistas em floresta e fogo, criando a prática de fogo controlado.
No Fogo Frio procuramos — colocando a ciência ao serviço da prevenção de incêndios — explorar o comportamento do fogo, demonstrar a influência da vegetação e da meteorologia bem como conhecer as regras de segurança para que a prática seja realizada com o máximo de segurança, tendo como contexto as alterações climáticas.
Queimar no inverno tem pouco ou nenhum impacto na fauna e microfauna no solo. Reduzir a quantidade de vegetação (combustível) disponível para arder no verão através do Fogo Frio permite aumentar a possibilidade de recuperação da vegetação, bem como criar oportunidades de combate aos bombeiros. Iremos conhecer quais são os profissionais que trabalham no terreno implementando em segurança o Fogo Frio.
Desafiamos ainda o visitante a planear uma paisagem que esteja mais protegida dos incêndios rurais e a conhecer quais as principais causas de incêndio nos vários distritos de Portugal Continental.
Prevenir é uma responsabilidade de todos nós. Aprenda um pouco melhor como o pode fazer.
A exposição desenvolve-se em quatro módulos:
1.º módulo
• É urgente gerir o território encontrando soluções para alterar a paisagem
• Sabe qual é a principal causa de incêndios rurais em Portugal? Participa neste inquérito!
• O que é o fogo frio e quais os seus objetivos
• Como é que se inicia um fogo? – O triângulo do fogo
2.º módulo
• Quais os fatores que influenciam o comportamento do fogo?
• Vegetação – O que arde mais facilmente – Regras de segurança
• Meteorologia – Quando e como posso queimar? – Obrigatório pedir permissão
• Fogo controlado – Um fogo profissional com um forte planeamento e objetivos muito específicos
• Quem nos pode ajudar a queimar em segurança?
• Conseguiu acertar na principal causa de incêndios rurais em Portugal?
3.º módulo – O técnico de fogo controlado
• Para queimar temos de nos proteger! – Equipamento de Proteção Individual
• As ferramentas para queimar em segurança – Pinga Lume, Mackleod e batedor
4.º módulo – Jogo
• Descobre as 10 diferenças entre o fogo frio e um incêndio rural
• Identifica os diferentes impactos do fogo, como se iniciam, a capacidade de resposta das plantas e dos animais
• O fogo frio ao não atingir temperaturas muito elevadas e com uma progressão superficial e rápida, tem baixos impactos negativos nas raízes das plantas, microrganismos no solo, insetos, mamíferos e aves
Os incêndios nunca deixarão de existir, por isso cabe a cada um de nós gerir o território!
Financiamento: Agência Ciência Viva, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Orçamento Participativo de Portugal
Ficha Técnica:
Coordenação científica